Desde 2008, em grande parte dos países capitalistas do mundo, os efeitos de uma profunda crise econômica são sentidos. São milhões de demitidos na Europa, Ásia, África e América. Para os que seguiram formalmente nos empregos, os salários estão cada vez mais baixos, os direitos estão sendo atacados e as condições para conseguir uma aposentadoria vão piorando. Esta é uma crise gerada pelos próprios capitalistas que acumulam lucros muito altos às custas da superexploração dos trabalhadores. E esse é um dos motivos que o Brasil, segundo dados da ONU, é um dos países mais desiguais do mundo, onde a diferença entre ricos e pobres é enorme.
Os jovens são os maiores atingidos pelos efeitos da crise. Aqui, mais de 60% da juventude está desempregada. Em maio, o governo federal anunciou o corte de mais de R$ 2 bilhões no orçamento da educação, o que vai afetar ainda mais a qualidade de ensino. A violência, que fica ainda pior por conseqüência da crise, atinge principalmente aos jovens, vitimando negros e mulheres, alvos de homicídios e do tráfico de drogas.
Ao mesmo tempo, jovens de todo o mundo têm demonstrado o caminho que a juventude deve seguir para enfrentar a atual crise e derrotar o sistema imperialista-capitalista. No ano de 2010 na Grécia, a juventude foi linha de frente nos enfrentamentos e na greve geral contra as medidas imperialistas; na França, jovens enfrentaram com pedras a polícia fascista que persegue os imigrantes negros; no Equador, o movimento estudantil enfrentou a política repressiva de um governo que traiu o povo e quer privatizar a educação. É no caminho das lutas, greves e manifestações que devemos seguir para enfrentar as medidas dos capitalistas nesse momento de crise.
Recentemente no continente africano, o Egito e a Tunísia, países sob regime ditatorial há décadas, a juventude, mais uma vez, deu um basta para tanto sofrimentos, Sob mais uma das conseqüências das crises financeiras do capitalismo, onde o índice de desemprego estava cada vez maior e a repressão sobre o povo não parava de aumentar, o povo organizado se levantou e tomou para si o poder, expulsando os presidentes corruptos do país.
Na Líbia, os EUA iniciaram mais uma guerra por petróleo. Depois do Iraque, Afeganistão e tantos outros países, o imperialismo estadunidense prova que, para eles, o que vem em primeiro lugar é o lucro e não a vida das pessoas.
Isso só mostra mais uma vez que apenas com a conquista de uma nova sociedade de harmonia e colaboração entre homens e mulheres, contrária a exploração e humilhações atuais, será possível mudar essa situação. Essa sociedade, nova e melhor, chama-se sociedade socialista e é por ela que devemos lutar. Pois, como afirmava Ernesto Che Guevara “SER JOVEM É SER REVOLUCIONÁRIO”.
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