Nos últimos anos, o debate sobre o livre acesso a universidade ganhou força na sociedade e, cada vez mais, se evidenciou o caráter excludente e falho de avaliação a partir do vestibular.
Por sua vez o Ministério da Educação (MEC) remodelou o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e tornou-o, fruto da adesão da maioria das universidades federais, na principal forma de acesso ao ensino superior.
Mas, mesmo com a mudançada prova, e a diminuição das "decorebas" para o vestibular, o problema da falta de vagas continua presente, e o total de vagas oferecidas nas universidades públicas não ultrapassa 270 mil, sendo que no ENEM do ano passado tivemos 4 milhões 230 mil jovens fiquem sem o direito de cursar o nível superior, independente de suas notas nas provas, pois não há vagas.
Isso ocorre, porque em nosso país o ensino é restrito à uma minoria. A dificuldade de acesso através do vestibular, ou recentemente do ENEM faz com que apenas 13% dos jovens de 18 a 24 anos consigam cursar uma faculdade, o menor índice de acesso de toda a América. Para piorar, 88% estudam nas faculdades privadas e precisam pagar altas mensalidades para ter acesso à educação.
Na verdade, o governo deixa de investir na educação para pagar os banqueiros com o pagamento dos juros da dívida pública, mantendo a falta de recursos na educação básica que enfrenta a ausência de professores, de material didático, merenda, transporte escolar e de vagas nas universidades.
Por isso, no mês de agosto, mês em que se comemora no dia 11 o Dia do Estudante, a ARES-ABC, com diversas outras entidades estudantis do país e a UJR (União da Juventude Rebelião) convocam a Jornada Nacional de Lutas pelo Livre Acesso a Universidade, exigindo dos Governos Estaduais e do Governo Federal mais vagas nas universidades públicas e a garantia de 10% do PIB nacional na educação.
Mais vagas nas universidades!
Abaixo o vestibular!
Pela aplicação de 10% do PIB na educação!
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